Como a jornalista Anisa Horton descreveu em um artigo para a Fast Company, 2017 foi o ano dos escândalos em ambientes de trabalho. A engenheira Susan Fowler fez denúncias contra o ambiente hostil da Uber, citando casos de deboches e assédios. Em Hollywood, artistas divulgaram depoimentos sobre assédios sexuais cometidos por produtores, atores e diretores, aderindo à hashtag #MeToo, sendo eleitas ‘A Pessoa do Ano pela Time’.
Neste contexto, o papel dos recursos humanos nas empresas tem sido intensamente debatido. Afinal, em uma boa parte dos casos, os departamentos ainda não conseguem fazer o suficiente para que os colaboradores se sintam confortáveis. Mas é preciso que situações extremas como as que citamos ocorram para que as corporações percebam as inadequações do ambiente de trabalho e a insatisfação de seus funcionários?
Em situações ideais, antes que uma organização comece a contratar um time de recursos humanos, é preciso que ela tenha certeza sobre o tipo de funcionário que deseja contratar. Afinal, alinhar os valores e propósitos de sua companhia é essencial para entender o discurso dela, bem como maneiras eficientes de propagá-lo. Mas como iniciar esse entendimento sobre a essência de sua empresa e difundi-la entre a sua equipe?
Investir em pessoas é lançar o olhar para o futuro
É bem verdade que softwares, equipamentos e fórmulas secretas são um importante ativo das empresas, mas o que elas possuem de mais precioso existe desde que a primeira empresa no mundo foi criada: as pessoas.
O americano Thomas Stewart, especialista em capital intelectual, afirma que esta é a era dos colaboradores, mas daqueles que cultivam e entregam seus talentos. Paulo Kretly, presidente da consultoria FranklinCovey no Brasil, em depoimento à Folha complementa a fala de Stewart, afirmando que vivemos uma era de sabedoria, ns qual precisamos transformar conhecimento em ação.
Também em depoimento à Folha de S. Paulo, a consultora Maria Silva Bastos Marques afirma que busca trabalhar com pessoas melhores do que ela. Afinal, o grande diferencial de uma empresa é o seu corpo de colaboradores. O resto são commodities, coisas que compramos.
Em um cenário econômico hostil, como o que vivemos agora, são os funcionários que trazem diferenciais para as empresas, não computadores de última geração. Sem pessoas satisfeitas por trás dessas máquinas, tudo o que você possui é um grande amontoado de chips e softwares.
PENSE SOBRE ISSO
- Sabendo que as pessoas são o ativo mais importante de uma empresa, resta saber: o que elas necessitam para se sentirem mais satisfeitas e entregarem o melhor do si?
- A resposta é mais simples do que parece: pessoas precisam também ser ouvidas.
- E para isso é preciso muita empatia e interdisciplinaridade, como mostro a seguir.
Pontos de interseção entre desenvolvimento de design e inovação
Nos últimos 60 anos, como levantou a designer e pesquisadora Jo Szczepanska, o design forneceu uma série de recursos para resolver os problemas do dia-a-dia, fomentando a inovação dentro de empresas como a Apple e a Tesla. Isso trouxe uma série de conhecimentos de outras disciplinas para os departamentos de administração, finanças e engenharia, conhecidos pela tradição.
Além disso, o design também se caracteriza pela abertura a novas ideias, o foco na empatia e no entendimento dos usuários. Daí a importância que ganhou nas organizações o Design Thinking e as profissões interdisciplinares.
Nesse contexto, a consultoria de imagem também passa a cumprir um papel amplo a fim de alinhar discursos, entender as demandas das empresas, as interpretações dos funcionários e como estabelecer diálogos entre ambos.
Como conectar a missão de sua empresa a uma ‘cultura de afeto’?
Para criar um ambiente de trabalho onde as ideias são efervescentes, as pessoas estão satisfeitas e há sustentabilidade, é preciso contar com saberes interdisciplinares, capazes de conectar a missão de sua empresa à uma cultura de afeto, cuidado de si e respeito ao próximo. Preparar a sua organização para o futuro é, sobretudo, estimular diálogos autênticos entre seus gestores, colaboradores e a comunidade que os cerca.
Se funcionários dos recursos humanos têm o papel de advogar pelos interesses dos colaboradores, mas também são subordinados à liderança das empresas, o papel de um consultor de imagem, nesse contexto, é fornecer o apoio necessário e uma perspectiva externa para os problemas propostos. Vale lembrar que a escuta é uma habilidade aprimorada com o exercício e a experiência!
Ao estabelecer uma ponte entre os diferentes agentes de uma organização, o consultor de imagem não se isenta de sua responsabilidade, mas oferece novos pontos de vista para uma comunicação corporativa mais rica, como mostramos em nosso post sobre o dresscode nas empresas.
E você, tem dúvidas sobre como a consultoria de imagem pode melhorar a comunicação em sua empresa e a satisfação de seus colaboradores? Entre em contato comigo. Vai ser uma prazer atender atendê-lo!