Há muita responsabilidade em jogo na lida com a cliente da consultoria de estilo e imagem. Quando alguém contrata uma consultoria leva expectativas, histórias de vida, as “dores” relacionadas à autoimagem. O resultado do trabalho pode ficar comprometido pelo excesso da técnica se a profissional colocar a cliente em uma espécie de linha de produção, valendo-se de fórmulas e modelos genéricos.
E se antes da pandemia não estava fácil viver da consultoria de imagem para quem oferecia “mais do mesmo”, agora é essencial pensar em processos e práticas verdadeiramente diferenciados. O que só é possível quando você entende mais a fundo as questões de imagem da sua cliente, indo além da funcionalidade da técnica.
O trabalho com estilo e imagem é sobre gente. Gente que busca mais satisfação com sua própria imagem, que quer se sentir bem e confortável com sua aparência, suas roupas, seu rosto, seu corpo. Toda consultora de estilo e imagem deveria ter como aspiração entregar uma identidade visual que atenda genuinamente cliente às demandas de sua cliente. Renove seu repertório, aliando sua técnica ao entendimento mais profundo dos entraves de autoimagem da cliente.
1. COLOQUE 100% DO SEU FOCO NA CLIENTE
- A construção de uma imagem autêntica, fortemente amparada nos valores e objetivos da cliente, facilita sua comunicação com o mundo e sua rotina.
- A profissional de imagem precisa entender o universo da cliente, suas dores e as expectativas dela ao contratar o serviço da consultoria.
- A consultora de imagem vai se diferenciar por suas habilidades e seus talentos híbridos: a junção da técnica com práticas genuinamente humanizadas.
- Conduza o trabalho na consultoria de imagem ampliando seu foco na cliente e na compreensão mais profunda do que ela quer comunicar com sua imagem.
- A consultora de imagem deve se esforçar para desenvolver a criatividade e o pensamento crítico e reflexivo.
2. SOBRE HUMANIZAÇÃO NA CONSULTORIA DE IMAGEM
- Humanizar NÃO é paparicar a cliente, dar conselhos, tentar decifrar sua personalidade.
- Humanização NÃO se dá sem entender as reais demandas da cliente.
- Para entender as demandas da cliente, você precisa saber quais suas dificuldades e DORES de imagem.
- Você não vai conhecer mais a fundo a cliente, e seu momento de vida, sem uma ESCUTA genuína.
- Você não vai ESCUTAR sua cliente se não aprender e dominar as ferramentas de uma escuta autêntica.
3. MENOS FÓRMULAS, MAIS ESTILO AUTÊNTICO
- A consultora precisa entender por que muitas vezes a cliente não se reconhece em sua imagem ou porque não gosta do que vê.
- Quando se fala em estilo pessoal, não dá para enquadrar a imagem da cliente.
- Entender a cliente e seus quereres de imagem é a bola da vez e isso passa por desconstruir regras.
- Claro que conhecendo as regras e oferecendo o que a cliente quer, sem cair em ciladas.
- Quais ciladas? Categorizar a cliente por sua idade e corpo, quando ela não pediu isso, é uma delas.
4. PERGUNTAS QUE A CONSULTORA DEVE SE FAZER
- Acompanho o movimento do mundo, que se volta cada vez mais para a diversidade?
- Estou disposta a abraçar as diferenças e a rever padrões de estética e de corpo?
- Estou me perguntado, cotidianamente, o que cada cliente quer da minha consultoria? Me questiono ou estou na zona de conforto?
- Além de dominar a comunicação de imagem, códigos de vestir, cores e outras técnicas, consigo entender e lidar com os questões da cliente sobre sua aparência e seu vestir?
A lida com o ser humano e a responsabilidade que vem disso
Na consultoria de imagem, assim como nos meus 20 anos de atendimento na psicanálise, procuro ir sempre além. Nas duas profissões, tão distintas, o ponto de convergência é a lida com gente e a responsabilidade que vem disso. O tal resultado bem-sucedido quando trabalhamos com imagem, estilo, aparência, comunicação, roupas e o vestir não chega por caminhos fáceis.
Vejo profissionais até reduzindo a importância de se entender a cliente e suas questões de imagem, só que esse tipo de postura está com os dias contados. Não vai ser possível fazer um trabalho que dê conta das demandas da cliente sem avançar no entendimento dela.
Na era da quebra de padrões, não há manual de instruções que ampare a expressão visual das clientes. A capacitação técnica é necessária, mas sem a escuta, elas serão apenas regras jogadas ao acaso, incapazes de trazer satisfação e de ajudar verdadeiramente às clientes que nos procuram.
Quando a gente cessa de se questionar corre o risco de entrar no piloto automático. Aí, adeus criatividade, adeus novos conhecimentos e aprendizados, adeus inovação. Por mais confortável que seja à primeira vista ficar lá quietinha, usufruindo do que já sabemos, chega uma hora em que a conta chega.
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