Nas escolas de design, aprendemos que a base de um projeto está nos seus requisitos, qualquer que seja a natureza dele. Ao entendermos a necessidade do cliente, compreendemos também seus limites e potencialidades. Na consultoria de imagem, identificar as reais demandas de quem nos contrata é um desafio; cada pessoa é única, e não podemos, jamais, fundamentar nossas atividades em suposições e “achismos”.
É preciso perceber motivações, expectativas, anseios, dificuldades, atitudes e sentimentos. Tudo passa pelo nível emocional e pelo território do inconsciente, acessados somente por meio da sabedoria. E o caminho para a sabedoria está no conhecimento que desenvolvemos sobre nós mesmos. Por isso, defendo tanto a importância de investigarmos o conceito de autoconhecimento para consultores de imagem.
O Código de Ética e de Padrões de Conduta Profissional da Associação Internacional dos Consultores de Imagem (AICI) estabelece que “os membros devem definir claramente, por escrito ou verbalmente, a natureza e o objetivo dos serviços a serem executados, bem como todos os custos envolvidos no projeto, do início à conclusão”.
Contudo, seja pela timidez dos primeiros encontros, seja pela falta de clareza do consultor em relação aos objetivos de um serviço de consultoria de imagem, os clientes ficam à mercê das sugestões do profissional, sentindo-se pouco à vontade para questionamentos e mesmo para incluir seus próprios repertórios. Como consequência, o consultor aplica uma série de regras tidas como universais, que na prática não funcionam tão bem assim.
PENSE SOBRE ISSO
- A importância do equilíbrio entre técnica e prática na formação em consultoria de imagem é o que nos diferencia
- A formação de qualquer profissional requer o equilíbrio entre técnica e prática.
- Sem teoria e técnicas não nos preparamos adequadamente para nossas missões.
- Sem a prática, o conhecimento não amplia seus benefícios.
Qual a responsabilidade do consultor de imagem na lida com o cliente?
Há muita responsabilidade em jogo na lida com o cliente. O cliente leva, em cada um dos encontros, suas expectativas, sua história de vida e toda a sorte de afetos envolvidos. E é aí que os resultados podem ficar comprometidos pelo excesso da técnica: ansiosos para colocar o cliente em uma verdadeira linha de produção, consultores de imagem os abordam com fórmulas e modelos genéricos, que não se adequam às particularidades de quem os procura.
É importante estudar sempre as novidades em metodologia, visões de mercado e recursos tecnológicos. Mas o conhecimento sobre a natureza humana é o que nos leva a ultrapassar os limites dos dispositivos e das técnicas, fazendo com que eles operem a nosso favor e possam nos ajudar com os mais variados perfis de clientes.
Trazendo impactos positivos sobre os três pilares da imagem pessoal (aparência, comportamento e comunicação), o autoconhecimento é um recurso essencial para a formação de um consultor de imagem que deseje compreender seus clientes, entendendo seus receios, expectativas, potencialidades e limites.
Por meio do aprimoramento da escuta e da empatia, o autoconhecimento promove transformações de dentro para fora, construindo pontes e permitindo entender as emoções por trás da imagem do cliente. Quando o consultor de imagem investe no conhecimento de si, ganha ferramentas eficazes para ajudar aqueles que o procuram.
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