Consultora de imagem, você já se perguntou porque a saúde mental da cliente deve ser considerada em seu atendimento? E como trabalhar, efetivamente, para que sua abordagem leve em conta impasses, dificuldades e dores relacionados à aparência, corpo e vestir? Antes de tudo fique atenta para não causar nenhum prejuízo à imagem da pessoa. Com minha experiência psicanalítica, aprendi que esse terreno da imagem, no qual transitamos, é delicado e complexo. Por isso, recomendo que a profissional seja bastante cautelosa no emprego das técnicas, sempre colocando em primeiro lugar a escuta da cliente, sem queimar etapas na CI para agilizar o processo.
- Uma consultoria de imagem centrada 100% na cliente, com empatia, valendo-se de uma escuta genuína, como recurso e ferramenta do atendimento humanizado, muda para melhor a relação da pessoa com sua imagem.
- Mas esse processo é interno, acontece de dentro para fora. E a consultora que sabe escutar, e domina essa ferramenta, ajuda a cliente a reconhecer e lidar com algumas de suas dores de imagem.
- E sem tentar enquadrá-la em padrões estéticos, sem passar panos quentes nas questões da cliente relacionadas ao corpo e à aparência.
- Acredite, todas nós temos alguma insatisfação com imagem, vestir, estilo, não importa a idade e tipo físico.
- Considere os reais desejos da cliente, respeitando seus limite: até onde ela quer chegar? O que quer mudar em sua imagem?
Cada cliente leva para a CI suas histórias de vida e emoções envolvendo também sua imagem pessoal. Nos preparar para entendê-la um pouco mais vai fazer diferença no nosso trabalho e na vida da cliente. Nossa função é ajudar a pessoa na mudança de identidade visual, nunca tentar consertar suas dificuldades psicológicas, até porque não temos formação para isso. Ao mesmo tempo, entender a cliente é determinante em nosso trabalho. Mas é a cliente quem dá o sentido de sua fala e relatos. Por isso, a consultora deve ser sempre um ‘escutadora’.
- Isso é o que o método Interno Estilo preconiza, e o torna inovador na consultoria de imagem, ao estabelecer uma abordagem inédita da imagem.
- Hoje, novas demandas e necessidades da cliente exigem também novos recursos, habilidades e ferramentas da consultora de imagem.
4 recomendações Interno Estilo para uma CI em prol do bem-estar emocional da cliente
- Invista em práticas humanizadas, que acolhem de verdade as dificuldades e entraves da cliente com sua roupa, vestir e aparência. O método Interno Estilo pode te ajudar nisso.
- Não faça nenhum tipo de ligação entre os traços faciais da cliente e sua personalidade. Essas práticas pseudocientíficas, além de não ajudarem, podem afetar negativamente a saúde mental.
- Não coloque panos quentes se a cliente relatar que sente desconforto e insatisfações de alguma ordem com o vestir, a roupa e a aparência.
- Nunca pressione a cliente para se “aceitar” incondicionalmente, invalidando suas percepções negativas de autoimagem.
Você é convidada a entrar na vida da cliente, por isso…
Leve a mínima bagagem possível, deixando em segundo plano o que imagina como ‘ideal’ para a cliente. Considere o contexto e o momento de vida da cliente.
- Uma consultoria “tecnicista”, ou sustentada rigidamente pela técnica, não ajuda a cliente a compreender mais a fundo a relação dela com o vestir, corpo, aparência.
Não trabalhe com processos rígidos para que a etapa técnica esteja em consonância com os reais desejos da cliente. Vá além da aparência, o que só é possível quando a cliente fala sobre a própria imagem. Os relatos dela são o caminho para você propor expressão visual autêntica.
- E só quando você aprende a escutar entende os impasse de vestir e imagem da cliente.
Por que a escuta é tão importante?
Em um mundo cheio de gente para nos dizer o que é certo e o que é errado, essencial que a consultora tenha as habilidades e ferramentas para escutar verdadeiramente a cliente.
Com a escuta você tem possibilidades de compreender as questões emocionais da cliente, relativas inclusive à autoimagem, que se apresentam ao longo do processo da consultoria.
É escutando que você, consultora, ajuda a cliente a não ser refém de uma imagem idealizada, quase sempre inalcançável.
- Considere que a linguagem que vale são as palavras da cliente, não as palavras da consultora.
- Portanto, o que os seus olhos não veem, a escuta pode alcançar verdadeiramente.
- Disposições, gostos e crenças da cliente devem ser o ponto de partida de um bom atendimento.
- Exerça a empatia e a escuta para compreender mais a fundo sua cliente.
O QUE VOCÊ NÃO DEVE FAZER
- Não encaixe a cliente em um padrão, supondo de antemão que é isso que ela quer.
- O caminho para entender os desejos de imagem da cliente, assim como seus impasses, é um processo sustentado pela escuta.
- O que exige tempo, disponibilidade e que a consultora deixe de lado seu gosto pessoal. E o que considera como ‘imagem ideal’ pelo tipo físico e idade da cliente, por exemplo.
- Não enquadre a cliente em perfis pré-definidos de estilo, tentando criar atalhos para facilitar e agilizar o atendimento. Não por acaso, muita gente, logo após a CI, não consegue implementar as propostas da consultora.
- Não adote ou siga fórmulas prontas de vestir, guarda-roupa, imagem, evitando lidar com as dificuldades que algumas pessoas têm para se expressar visualmente.
O QUE VOCÊ DEVE FAZER
- ACOLHA – Respeite e fique atenta os sentimentos da cliente, considerando as vulnerabilidades de vestir e de imagem dela.
- FIQUE ATENTA – Não leve em conta a imagem da cliente só pelo lado de fora, aquele que você está vendo.
- O QUE VOCÊ VÊ – A imagem vai além da aparência e da roupa. Compreender isso é avançar na CI para resultados efetivos e propostas genuinamente autênticas de estilo e imagem.
- ATUALIZE-SE – Não se fixe em regras ultrapassadas. Vivemos novos tempos no mundo: renovar o repertório é essencial.
- PERGUNTAS – Faça perguntas à cliente sempre a partir do que ela está relatando sobre seu vestir e sua imagem.
- FOCO – E não a partir do que você acha que é razoável ou que seria mais adequado e confortável.
- LNHA DIVISÓRIA – Não coloque palavras na boca da cliente ou pergunte algo sobre o que ela não disse.
- FLUIDEZ – Evite julgar a cliente pelo que você considera como “incorreções” na imagem dela. Deixe o processo fluir.
SOBRE O VESTIR
LEIA AQUI NO BLOG O ARTIGO “SUA CLIENTE SAIU DA CONSULTORIA DE IMAGEM MELHOR DO QUE ENTROU?”
O QUE SÃO DORES DE IMAGEM?
LEIA AQUI NO BLOG O ARTIGO “GENTE VEM ANTES DA ROUPA: 4 DORES QUE A CLIENTE LEVA PARA A CI”