Como você definiria a sua autoimagem? Você sabia que ela vai além do que você vê no espelho? A consultoria de imagem se expande no mercado. É natural, portanto, que as perguntas em torno de nossas práticas e metodologias se multipliquem. O que queremos, afinal, para o futuro de nossa profissão? Preconcepções passam a ser questionadas, e com razão: lançar um olhar mais atento sobre alguns conceitos massificados tornou-se fundamental, como é o caso do autoconhecimento.

Na consultoria de imagem, de modo geral, acredita-se no autoconhecimento decorrente das conquistas objetivas do processo. Ou seja, à medida que o cliente aprendesse sobre estilo, biótipo, composição de roupas, o corte de cabelo ideal, entre outros, ele ganharia, por tabela, autoconhecimento sobre a forma com que conduz a própria imagem. Seria mesmo assim? Se sim, de que ordem seria este autoconhecimento?

Psicanálise e imagem: ponto de convergência do método Interno

Diante de minha experiência na psicanálise, compreendi que há diferentes formas de nos conhecermos, e que cada uma delas tem um alcance e um limite. A partir de minhas experiências, defendo que o autoconhecimento é o ponto de partida para uma consultoria de imagem que almeja um resultado diferenciado.

É no tempo das primeiras entrevistas que temos a chance de entender melhor e profundamente quem é o cliente, sua personalidade, seus anseios e dificuldades, se ele quer de fato passar por uma consultoria, e daí propor um trabalho de identidade visual coerente e autêntico. Inicio o trabalho convidando o cliente ao autoconhecimento. Nesse ponto recai o acento da minha metodologia. E de qual ferramenta me valho para conhecer o cliente?

Parto da Psicanálise, e temos ciência que muitos comportamentos e padrões de imagem não compreendidos pelo cliente são inconscientes. A autoimagem nem sempre é o que vemos no espelho. Esse descompasso entre quem é o cliente e o que ele vê no espelho traz particularidades na condução de uma consultoria. Quando os aspectos inconscientes da imagem não são entendidos pelo cliente, o trabalho de identidade visual corre o risco de ir água abaixo.

Processo da consultoria parte das histórias de vida do cliente

Para dialogar com essas experiências, precisamos entender também que o corpo, superfície sob a qual o consultor opera, é simbólico. É no corpo que o cliente veste as roupas, é no corpo que ele insere cortes de cabelo, cores, tatuagens, etc. O nosso corpo carrega marcas simbólicas inconscientes da nossa história. Por exemplo, duas irmãs gêmeas univitelinas, com as mesmas características físicas, diferem nos aspectos simbólicos e psíquicos. Ou seja, isso prova que cada corpo tem as suas próprias marcas simbólicas, tem marcas simbólicas.

Porque estamos falando sobre isso? Para dizer que o processo de consultoria deve partir das histórias de vida do cliente, respeitando os limites subjetivos dele, para só num segundo momento propor uma identidade visual. A imagem nunca deve ser tomada na superficialidade, restringindo-se àquilo que os olhos alcançam. Lidar com as diferenças e subjetividades de cada cliente é um desafio do trabalho do consultor de imagem.

PENSE SOBRE ISSO

  • Alguns profissionais acreditam que o cliente não pode se tornar independente da empresa ou prestador de serviços. É como se, ao aprender mais sobre o processo, ele deixasse de precisar desse intermediário, colocando o negócio em risco.
  • Felizmente, essa ideia tem sido rompida, e na consultoria de imagem também precisamos pautar essa discussão.
  • Quanto mais profundo for o processo de autoconhecimento do cliente, mais ele se aproxima de uma imagem autêntica.
  • O cliente ganha autonomia, e contrariando falsas ideias o consultor não deixa de ser um forte aliado nesse processo.
  • Por isso, é tão importante que o cliente procure se conhecer bem e se capacite nas múltiplas facetas da natureza humana.

Para ter uma abordagem mais ajudadora com os seus clientes, venha fazer o curso “Autoconhecimento para Consultores de Imagem” nos dias 25, 26 e 27 de outubro, em São Paulo

Miriam Lima

Miriam Lima

“Luto por um mundo mais justo e humano e ensinei isto a meus filhos. Determinação e persistência são características das quais me orgulho. Acredito que as mulheres são várias, mas também únicas, daí que dedico meu trabalho a cada uma delas e como todas nós algumas vezes ‘enlouqueço’ com as dinâmicas da vida. Escrever neste espaço sobre imagem pessoal, inconsciente, estilo, comportamento, humanidades me enche de alegria” PS – “LEVEI UMA VIDA PARA ME SENTIR BEM NA PRÓPRIA PELE”

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